sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Medo

Agarro a caneta
Como se ela fora tudo
O que houvesse na vida
A preservar
Como se sem ela
Se perdesse o momento
E sem a sua tinta
Se dispersasse o pensamento
A emoção e o pranto
Por becos frios e escuros
Sem causa de dor ou espanto.

Escondo-me nas palavras
E escrevo-te
Como se estivesse agora
Fora de mim
E os sentimentos
Não fossem difusos
E estas lágrimas
Não corressem confusas
E o meu coração
Não batesse por ti.

E neste engano envolvente
Do que de errado sinto mais honroso
Guardo nestas linhas um segredo
Feito de teimosia permanente
A roçar o triste e tenobroso
Sentimento que é o medo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Faz-me mulher!

Faz-me gritar bem alto
Até a voz me doer
E a garganta latejar naquele assalto
perpetrado pelo nosso querer

Faz-me consolidar a espuma
que enleva a minha embebe condição de mulher
e nos braços do homem que amo
faz-me firme, crescer, crescer!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Dura ausência de ti que peno!

Dura ausência de ti
Que peno!

Que faço deste abraço sôfrego
Que te não dou?

Onde guardo meus sorrisos
Sem teu peito
Ou meus suspiros
Sem nosso leito?

???

Quero o teu beijo...
não mo dás?
Quero-te aqui...
Porque não estás??

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Eis a verdadeira dimensão de estar contigo...

Um dia azul,
Uma brisa suave
E o teu sorriso

Ver-te nesse emaranhado de mimos
Em que te desfazes para perpetuar
no meu corpo e sangue
a energia e a loucura do nosso amor

E depois...
O silêncio
E, no espasmo, a gargalhada,
O riso franco
A justa palavra e "Amo-te"

Eis a verdadeira dimensão de estar contigo...
Essência natural do meu corpo que te deseja
E da minha alma que te idolatra.